Uma operação da Polícia Federal, intitulada “Redentora”, está sendo encerrada nesta quarta-feira (6) na região do Marajó, arquipélago no Pará.
A ação visa o combate ao crime de submeter trabalhadores à condição análoga a de escravo. As investigações seguem em andamento durante a manhã.
Em 2021, 1.937 pessoas foram resgatadas de condições análogas a de escravo no Brasil, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). É o maior número desde 2013.
O Pará ficou em 4º lugar, com 110 pessoas resgatadas.
Operação
Segundo a PF, mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em fazendas nas cidades de Cachoeira de Arari e Ponta de Pedras.Como a localidade alvo da operação é de difícil acesso, os policiais federais tiveram que utilizar transportes terrestre e fluvial, sendo necessário viaturas e lanchas da PF para o transporte das equipes.
O nome da operação remete a como era conhecida a Princesa Isabel, que promoveu a abolição da escravidão durante regência ao assinar a Lei Áurea em 1888.
De acordo com a PF, a investigação tenta confirmar a suspeita de que 20 vítimas que estariam sendo submetidas a trabalhos degradantes, sem condições de higiene, sem direitos trabalhistas garantidos e sem alojamento adequado nas fazendas.
A ação foi feita em conjunto com o Ministério Público do Trabalho (MPT), no intuito de confirmar se as condições em que viviam os trabalhadores eram adequadas, e também, caso necessário, viabilizar a regularização da situação e ressarcimento dos direitos violados.
Se confirmada a hipótese criminal, os investigados poderão responder por crimes de reduzir alguém a condição análoga à escravidão, previsto no artigo 149 do Código Penal Brasileiro, podendo a pena ultrapassar 12 anos se confirmado que entre as vítimas estariam menores de idade.
A PF informou que foi adotada logística especial de preservação de todos os envolvidos na missão, a fim de preservar a saúde dos investigados, testemunhas e policiais com a finalidade de evitar o contágio pela Covid-19.
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