Obtidos pela reportagem do Blog do Neto Ferreira, os dados foram divulgados pelo estudo comparativo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) produzido em 2022 e realizado com base na pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dos anos de 2010, 2014, e 2019, sendo este último o mais recente.
A pesquisa do IBGE analisou o Produto Interno Bruto (PIB) per Capita dos municípios maranhenses levando em consideração os valores adicionados brutos da agropecuária, da indústria e dos serviços, que constituem os três grandes setores de atividade econômica, além da administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social, devido à sua relevância na economia brasileira, bem como informações sobre os impostos, líquidos de subsídios, o PIB e o PIB per Capita dos Municípios Brasileiros.
Sob Flávio Dino, que atualmente é pré-candidato ao Senado, os indicadores do PIB per Capita das cidades maranhenses, segundo o estudo do FGV, tiveram baixas alarmantes e metade da população aparece com rendimento mensal de até meio salário mínimo.
O Maranhão tem o maior percentual de pessoas em situação de pobreza, ao contrário do estado vizinho, o Piauí, que não tem nenhuma cidade figurando na lista dos 50 municípios com menor PIB. O feito foi destaque no site oficial do estado piauiense, que levou em consideração os dados apresentados nesse texto e o resultado foi bastante comemorado pelo ex-governador Wellington Dias nas redes sociais.
A título comparativo, os dados da Fundação Getúlio Vargas mostram que em 2010, durante o governo Roseana Sarney, 42 cidades estavam no rol das mais pobres do Brasil, entres elas: São João Batista (2.256,42); Santo Amaro do Maranhão (2.291,88); Primeira Cruz (2.365,98); Satubinha (2.369,27); Nina Rodrigues (2.474,34); Santana do Maranhão (2.480,33); Timbiras (2.486,75); Peri Mirim (2.544,29); Icatu (2.564,67); Araguanã (2.578,16); Apicum-Açu (2.582,37); Bacuri (2.610,66); São Francisco do Maranhão (2.621,75); Humberto de Campos (2.628,03); Cajapió (2.629,69); Central do Maranhão (2.647,36); São João do Sóter (2.659,02); Serrano do Maranhão (2.678,69); São Benedito do Rio Preto (2.687,41); Centro do Guilherme (2.727,42); Pedro do Rosário (2.735,01); Alcântara (2.741,16); Bequimão (2.765,49); Paulino Neves (2.769,78); Axixá (2.785,64); Cajari (2.792,30); Penalva (2.805,33); Cedral (2.841,59); Água Doce do Maranhão (2.842,54); Duque Bacelar (2.862,17); Duque Bacelar (2.862,17); Afonso Cunha (2.895,18); Santa Helena (2.900,34); Mirinzal (2.907,74); Bacurituba (2.929,48); Tutóia (2.942,79); Magalhães de Almeida (2.945,07); Governador Newton Bello (2.953,24); Guimarães (2.954,35); Governador Archer (2.960,14); Morros (2.964,38); Luís Domingues (2.966,45).
Ainda sob a gestão da ex-governadora, em 2014, os índices do PIB, conforme o estudo da FGV, cresceram e o número dos municípios em situação de pobreza diminuíram chegando a 28.
Apareceram no ranking das cidades mais pobres: Alcântara (4.618,92); Alto Alegre do Pindaré (4.319,90); Araguanã (4.188,18); Bequimão (4.061,54); Buritirana (4.648,60); Cajapió (3.769,24); Cajari (4.442,70); Central do Maranhão (4.243,42); Fernando Falcão (4.647,28); Governador Eugênio Barros (4.540,90); Governador Newton Bello (4.499,25); Humberto de Campos (4.207,93); Icatu (4.208,83); Itaipava do Grajaú (4.608,17); Matões (4.182,09); Matões do Norte (4.186,15); Mirinzal (4.442,94); Nina Rodrigues (3.712,94); Paulino Neves (4.564,97); Penalva (3.967,87); Peri Mirim (4.430,35); Primeira Cruz (4.234,49); Santana do Maranhão (4.062,68); Santo Amaro do Maranhão (4.541,23); São João do Soter (4.386,29); Satubinha (4.040,67); Timbiras (4.037,63); Urbano Santos (4.566,12).
Com o governo de Flávio Dino, o Maranhão, a partir de 2019, teve um aumento alarmante no quantitativo das cidades no mapa da pobreza. Segundo o IBGE, de 50 municípios mais pobres do Brasil, 40 são maranhenses. Eles possuem o menor PIB per Capita do país.
Estão na lista: Matões do Norte (4.482,85); Primeira Cruz (4.676,32); Santo Amaro do Maranhão (4.987,25); Santana do Maranhão (5.004,80); Araguanã (5.162,19); Serrano do Maranhão (5.225,08); Joselândia (5.277,69); Nina Rodrigues (5.330,22); Cajapió (5.336,66); Central do Maranhão (5.414,99); Peri Mirim (5.416,39); Itaipava do Grajaú 5.456,02; Satubinha 5.599,73; Humberto de Campos 5.627,48; Penalva 5.650,61; Cajari 5.655,55; Alcântara 5.690,89; Bom Lugar 5.758,79; Matões 5.766,30; Bequimão 5.776,96; Araioses 5.818,86; Pedro do Rosário 5.844,13; Timbiras 5.856,67; São João do Soter 5.890,52; Milagres do Maranhão 5.900,17; Jenipapo dos Vieiras 5.920,23; São João do Carú 5.931,37; Urbano Santos 5.934,05; Cachoeira Grande 5.939,45; Cantanhede 5.946,09; São Vicente Ferrer 5.953,99; São João Batista 5.959,29; Magalhães de Almeida 5.972,66; Icatu 5.987,66; São Bento 5.998,04; Olinda Nova do Maranhão 6.064,34; Vargem Grande 6.073,74; São Roberto 6.098,40; Governador Eugênio Barros 6.104,35; Presidente Vargas (6.131,25).
Em 2015, Dino discursou para uma multidão no Palácio dos Leões – sede do Governo- e prometeu tirar os municípios maranhenses do rol da pobreza, mas os indicadores socioeconômicos divulgados pelo IBGE contradizem a realidade drástica na qual vive o Maranhão.
Fonte: Neto Ferreira
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