Foi encontrado, no fim da manhã da última quarta-feira (5), o corpo do pescador Laziel Bispo Ribeiro Pereira, de 46 anos, que havia desaparecido na praia da Raposa, na Região Metropolitana de São Luís, na noite de segunda-feira (3).
Segundo o tenente-coronel Silva Júnior, comandante do Batalhão de Bombeiros Marítimo (BBMAR), o corpo de Laziel Bispo foi encontrado por pescadores, por volta das 11h50. Ainda de acordo com o comandante, a vítima não sabia nadar.
“Nesse caso, ele não conhecia o local (do afogamento) e, pelo que a gente descobriu, ele também não sabia nadar. Ele foi com um grupo de pescadores amadores para o local e, chegando lá, o grupo deixou ele em um determinado ponto para pescar. Ele ficou lá e, quando deu umas 21h, ele decidiu voltar, mas a maré já tinha subido e ele não conseguiu voltar para um lugar seguro e, infelizmente, ele faleceu ali, por afogamento”, explicou o comandante do BBMAR, em entrevista para a TV Mirante.
O afogamento
Segundo o Corpo de Bombeiros do Maranhão (CBMMA), na noite de segunda-feira, populares entraram em contato com o Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), informando que havia um homem pedindo socorro do outro lado da praia, próximo ao restaurante Pôr do Sol.
Equipes do 10° Batalhão de Bombeiros Militar (BBM) foram acionadas para realizar as buscas. No local, os bombeiros confirmaram com populares que o pescador estava do outro lado da praia pedindo ajuda, mas logo depois sumiu na água. Desde então, as equipes de busca tentavam encontrar a vítima.
Afogamentos no Maranhão
Só este ano, já foram registrados 19 afogamentos no Maranhão, com três mortes na Grande São Luís. Já em 2022, de acordo com o CBMMA, em todo o estado foram registrados 42 casos de afogamentos sem óbito e outros 10 fatais.
Ainda de acordo com o CBMMA, nas principais praias de São Luís, que são atendidas diretamente pelo Batalhão de Bombeiros Marítimo, foram registrados um caso de afogamento com morte, 32 resgates e mais de 18 mil abordagens a banhista em situação de perigo.
Para o tenente-coronel Silva Júnior, a maior causa de afogamento é a falta de atenção das pessoas.
Geralmente é descuido das pessoas (a causa do afogamento), e a gente sempre trabalha essa questão educativa, orientativa, o tempo inteiro em nossas praias. Nós estamos em período de férias, então aumenta o fluxo de banhistas na nossa cidade e tem também o fato natureza, as nossas praias têm muitas valas. E, combinados com a questão da bebida alcoólica e desatenção, tudo isso provoca fatalmente esses problemas”, alerta o comandante do BBMAR.
Em relação às ações com foco na prevenção a esse tipo de ocorrência, o CBMMA destaca que são realizadas abordagens de orientação aos banhistas, além de fazer a sinalização de áreas de risco e entrega de panfletos educativos à população.
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